Dengue, Chikungunya e Zika: conheça e saiba como se prevenir

Dengue

Trata-se de uma doença febril aguda de aspecto clínico amplo (maioria dos pacientes com evolução clínica leve ou autolimitada e pequena parte com progressão para doença grave) e especialmente disseminada nos países tropicais e subtropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e proliferação dos mosquitos transmissores: Aedes aegypti e Aedes albopictus. Existem 4 tipos diferentes do vírus: DEN-1, DEN-2, DEN-3 E DEN-4.

Sintomas:

A infecção pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente, os sintomas são:

• Febre alta de início abrupto (39° a 40°C), geralmente dura de 2 a 7 dias;
• Dor de cabeça;
• Dores no corpo e articulações;
• Fraqueza
• Dor atrás dos olhos
• Erupção e coceira na pele

Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Na fase febril inicial da doença pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas.

Aliviar os sintomas é o único tratamento existente contra a dengue, uma vez que não existe um específico para isso. Recomenda-se repouso e ingerir bastante líquido.

Chikungunya

No Brasil, a Febre Chikungunya foi identificada pela primeira vez em 2014. É uma doença originária da Tânzânia e também é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes Albopictus. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. O mosquito adquire o vírus CHIVK ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presenta nela.

Sintomas:

• Febre alta de início rápido;
• Dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além dos dedos tornozelos e pulsos;
• Dor de cabeça;
• Dores nos músculos;
• Manchas vermelhas na pele;

Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.

Não existe vacina ou tratamento específico para chikungunya. Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e as dores articulares (antiinflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.

Zika

O Zika é um vírus descoberto na Uganda e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. A transmissão também ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti e cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas.

Sintomas:

• Dor de cabeça;
• Febre baixa;
• Dores leves nas articulações;
• Manchas vermelhas na pele;
• Coceira e vermelhidão nos olhos;

Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. A doença costuma ter evolução benigna e os sintomas desaparecerem após 3 a 7 dias, com dor nas articulações podendo persistir por aproximadamente um mês. Raramente a doença apresenta caso grave. Contudo, pode evoluir para óbito, como foi identificado, excepcionalmente, no mês de novembro de 2015 pela primeira vez na história. Alega-se que o zika seja responsável pelo surto de casos de microcefalia identificados no Brasil, especialmente no estado do Pernambuco, do ano passado pra cá.

Não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus zika. Também não há vacina contra o vírus. O tratamento recomendado para os casos sintomáticos é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções na pele que deem coceira, os anti-histamínicos podem ser considerados.

Vale salientar que contaminação por saliva, relações sexuais, urina e leite materno ainda não foram confirmadas. Pesquisas e estudos científicos estão sendo feitos para atestar tais informações. O mesmo vale para a imunidade à doença, caso o indivíduo já tenha sido infectado anteriormente.

Cuidados para a gestante:

• Busque uma Unidade Básica de Saúde para iniciar o pré-natal assim que descobrir a gravidez e compareça às consultas regularmente;
• Vá às consultas uma vez por mês até a 28ª semana de gravidez; a cada quinze dias entre a 28ª e a 36ª semana; e semanalmente do início da 36ª semana até o nascimento do bebê;
• Tome todas as vacinas indicadas para gestantes;
• Em caso de febre ou dor, procure um serviço de saúde. Não tome qualquer medicamento por conta própria.

Na suspeita de infecção pelos sintomas descritos, procure orientação médica. Não ingira medicamentos por conta própria.

Prevenção contras os vírus

A única forma de prevenção é acabar com o mosquito. Por isso:

• Mantenha o domicílio sempre limpo, eliminando possíveis criadouros;
• Se proteja das picadas utilizando roupas que minimizem a exposição da pele, principalmente durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos;
• Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo;
• Mosquiteiros também proporcionam uma boa proteção, principalmente pra quem dorme durante o dia;
• Acione a Secretaria Municipal de Saúde, caso encontre algum foco do mosquito que não possa ser eliminado pelos moradores.

Você pode ter acesso a informações mais detalhadas sobre os vírus, microcefalia e os mosquitos Aedes no site: www.combateaedes.saude.gov.br/

Fontes:

http://combateaedes.saude.gov.br/

http://portalsaude.saude.gov.br/