Entenda o que é a febre amarela e como se proteger

A febre amarela é uma doença infecciosa aguda febril, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O quadro clínico clássico caracteriza-se pelo surgimento súbito de febre alta, geralmente contínua, cefaleia intensa e duradoura, inapetência, náuseas e mialgia.

 

Cuidado com as contraindicações!

São contraindicações para realização da vacina contra febre amarela:

  • Crianças menores de 6 meses de idade;
  • Pessoas com imunodepressão de qualquer natureza;
  • Pessoas infectadas pelo HIV com imunossupressão grave;
  • Pessoas em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores).
  • Pessoas submetidas a transplante de órgãos; com imunodeficiência primária e com neoplasia, entre outras

 

Vai viajar?

Antes, verifique se o lugar de destino não está entre as áreas de risco da doença. A recomendação é a vacinação em caso de deslocamento para: todos os estados das regiões Norte e Centro-Oeste; Minas Gerais e Maranhão; alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de deslocamentos a caminho de países endêmicos.

O prazo mínimo para se vacinar antes de visitar esses lugares é de 10 dias.

 

Nada de pânico

Há mais de 70 anos não há casos de febre amarela urbana no país, e todos os casos registrados são de febre amarela do tipo silvestre. Por isso, se você não vive em áreas de risco, não precisa entrar em pânico.

 

Fique de olho nos sintomas

Se você manifestar febre alta, calafrios, extremo cansaço, dores de cabeça e muscular ou até mesmo náuseas e vômitos por cerca de três dias, procure imediatamente um pronto atendimento.

 

Outras medidas preventivas

Além da vacinação, outras medidas de prevenção devem ser adotadas. Como a imunidade ocorre cerca de dez dias após a primeira dose da vacina, recomenda-se outras medidas para a proteção de indivíduos recém-vacinados que residem ou vão se deslocar para a área de risco:

– Usar repelente de insetos

Devem ser aplicados em toda a área de pele exposta respeitando os intervalos orientados pelos fabricantes, as condições climáticas com elevada umidade e temperatura e também após contato com a água.

Não há contraindicação do uso dos repelentes registrados pela Anvisa para uso de gestantes e nutrizes. Os repelentes mais recomendados são os que contém DEET (N,N-Dietil-Meta-Toluamida), na concentração entre 25 e 50% e os que contém Icaridina (Hydroxyethylisobutylpiperidinecarboxylate), na concentração de 20% a 25%, por terem maior duração de ação, necessitando reaplicação menos frequente e consequentemente favorecendo uma melhor adesão. Os repelentes a base de IR3535 (Ethylbutylacetylaminopropionate) também podem ser usados. Repelentes naturais não tem eficácia comprovada e não são recomendados.

 

– Proteger a maior extensão possível de pele

A proteção pode ser feita por meio do uso de calça comprida, blusas de mangas compridas e sem decotes, de preferência largas, não coladas ao corpo, meias e sapatos fechados. O uso de roupas claras facilita a identificação de mosquitos e permite que eles sejam mortos antes de picarem o indivíduo.

 

– Não usar repelentes por debaixo das roupas.

Use-o sempre por cima das roupas, seguindo orientações dos fabricantes.

 

Passar o maior tempo possível em ambientes refrigerados

Os ambientes devem ser mantidos com portas e janelas fechadas e/ou protegidas por telas com trama adequada para impedir a entrada de mosquitos.

 

 – Dormir sob mosquiteiros

O mosquiteiro deve ser arrumado corretamente para não permitir a entrada de mosquitos (abas de abertura sobrepostas e barras inferiores embaixo do colchão); preferencialmente dormir debaixo de mosqueteiros impregnados com permetrina

 

– Usar repelentes ambientais

Os repelentes podem ser em spray, pastilha e líquido em equipamentos elétricos, durante todo o tempo em que estiverem em ambientes domiciliares ou de trabalho, inclusive à noite.

 

Outras dicas

Crianças menores de 6 meses de idade, que não podem receber a vacina e nem usar repelentes de aplicação direta na pele, devem ser mantidas o tempo todo sob mosquiteiros e/ou em ambiente protegido (refrigerado com portas e janelas fechadas ou protegidas por tela, com repelentes ambientais).

 

Crianças maiores de 6 meses e adultos que, por contraindicação clínica, não possam ser vacinados ou que por qualquer motivo ainda não tenham recebido a vacina devem seguir as mesmas orientações descritas para os dez dias após a vacinação enquanto durar o surto de febre amarela.