Dezembro laranja: cuide do maior órgão do corpo humano

O mês de dezembro foi escolhido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para a realização da Campanha Dezembro Laranja. A iniciativa visa promover a conscientização sobre o câncer de pele, no que tange frisar a importância do uso correto e diário de protetor solar. Tratar desse assunto se tornou uma causa emergencial, uma vez que este câncer é o mais incidente no Brasil, seguido os de próstata e de mama.

Diante dos dados coletados em pesquisa realizada pelo Instituto de Ciências Tecnológicas e Qualidade Industrial (ICTQ), tem-se que 48% dos brasileiros declararam não usar protetor solar diariamente. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) projetou para 2016 cerca de 175 mil novos casos de câncer da pele não melanoma no Brasil.

A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores de pele, e a maioria dos casos estão associados à exposição excessiva ao sol ou ao uso de câmaras de bronzeamento.

Em apoio a campanha, o programa Mais Saúde listou as principais informações sobre a doença, a fim de reforçar a importância de cuidarmos do maior órgão do corpo humano. Veja abaixo!

Como prevenir?

• Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão).

• Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.

• Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo.  Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.

• Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.

• Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.

• Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.

Sinais e sintomas

 

O Câncer de pele é dividido em dois tipos: Não-Melaloma e Melanoma. 

O câncer de pele não melanoma representa 95% do total dos casos de câncer de pele e seus tipos mais comuns são:

1. Carcinoma basocelular (CBC)

É o mais predominante dentre todos os tipos de câncer. Tem baixa letalidade, e pode ser curado em caso de detecção precoce.

Os CBCs surgem mais frequentemente em regiões mais expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. 

O tipo mais encontrado é o pequeno nódulo de crescimento lento, que exibe um brilho perolado e finos vasinhos de sangue (teleangiectasias). Uma outra forma frequente é a ferida que não cicatriza.

2. Carcinoma espinocelular (CEC)

É o segundo mais recorrente dentre todos os tipos de câncer. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc. A pele nessas regiões normalmente apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade.

O CEC é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Assim como outros tipos de câncer da pele, a exposição excessiva ao sol é a principal causa do CEC, mas não a única. Alguns casos da doença estão associados a feridas crônicas e cicatrizes na pele, uso de drogas antirrejeição de órgãos transplantados e exposição a certos agentes químicos ou à radiação.

Normalmente, os CEC têm coloração avermelhada, e apresentam-se na forma de machucados ou feridas espessos e descamativos, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. Podem ter aparência similar a das verrugas também. Somente um médico especializado pode fazer o diagnóstico correto.

3. Melanoma

Tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Contudo, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença.

O melanoma, em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, quando se trata de melanoma, a “pinta” ou o “sinal” em geral mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem causar sangramento. 

Pessoas de pele clara, com fototipos I e II (ruivas, loiras, com sardas e que não se bronzeia facilmente) têm mais risco de desenvolverem a doença.