Setembro Lilás: conscientização sobre a Doença de Alzheimer

O dia 21 de setembro é considerado o Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença de Alzheimer. Durante todo o mês, diversos órgãos e instituições do Brasil realizam a campanha Setembro Lilás, caraterizada por integrar ações que visam promover os cuidados com a saúde dos idosos e informar sobre a Doença de Alzheimer. 

Segundo dados do último relatório da Organização Mundial da Saúde, realizado em conjunto com a Alzheimer’s Disease International, estima-se que 35,5 milhões de pessoas no mundo tenham a doença, e em 2030 esse número pode chegar a 65,7 milhões. O mal de Alzheimer acomete cerca de 6% dos idosos, de acordo com a ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer).

As preocupações se voltam para a doença ser incurável e degenerativa, comprometendo de forma lenta e progressiva funções cerebrais como linguagem, memória, cálculo e comportamento. Com o tempo, a pessoa com Alzheimer tem sua independência reduzida, precisando de auxílio e cuidados intensivos para executar atividades diárias. Por isso, diagnosticar precocemente a doença é uma das formas mais eficazes de garantir melhor qualidade de vida à pessoa e à família. 

Sintomas:

• Perda de memória para acontecimentos recentes. 
• Repetição da mesma pergunta em um curto período de tempo. 
• Dificuldade para acompanhar conversas ou pensamentos complexos. 
• Afastamento do convívio social. 
• Dificuldade para encontrar caminhos conhecidos. 
• Irritabilidade, agressividade e interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos

Diagnóstico e tratamento

Somente o médico pode diagnosticar a Doença de Alzheimer e indicar tratamentos. Embora a doença não tenha cura, com o tratamento é possível desacelerar a evolução e preservar por mais tempo as funções intelectuais. Os melhores resultados costumam estar associados ao tratamento iniciado nas fases mais precoces da doença. 

Formas de prevenção

• Praticar, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física de três a cinco vezes por semana, com orientação de um profissional habilitado. 
• Prezar por uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, alimentos ricos em ômega 3, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal.
• Praticar regularmente atividades intelectuais – leituras e jogos lógicos como palavras cruzadas, sudoku e cubo mágico. 
• Evitar a ingestão excessiva de álcool e não fumar.
• Prevenir e controlar fatores de risco como diabetes, hipertensão e dislipidemias.
• Preservar as relações com familiares e amigos, organizando encontros e conversas frequentemente.

MITOS E VERDADES

"Mulheres têm mais chances de desenvolver Alzheimer".
VERDADE: como a doença está relacionada com a idade, parte da explicação está no fato de que as mulheres tendem a viver mais. 

“Quem tem Alzheimer não consegue compreender o que se passa ao seu redor?”
MITO: a pessoa com a doença, apesar das dificuldades de memória e dos outros sintomas, se mantém consciente do que acontece ao seu redor. Apenas nos estágios avançados isso pode mudar

"Quem tem este mal esquece coisas que acabaram de acontecer, mas lembra fatos antigos".
VERDADE: a doença afeta primeiramente o hipocampo, por isso as pessoas experimentam dificuldade em recordar fatos recentes, mas se lembra do que aconteceu muitos anos atrás.

"Esquecer as coisas significa ter o mal de Alzheimer".
MITO: problemas de memória podem estar relacionados a diversos fatores, como outras demências, ou até mesmo estresse e depressão.

"Doenças cardiovasculares aumentam o risco de desenvolver a doença".
VERDADE: doenças cardiovasculares e cerebrovasculares podem aumentar o risco de vários tipos de demência e também da doença de alzheimer. 

“O alzheimer atinge apenas idosos”
MITO: apesar de a doença atingir mais os idosos, ela também pode se desenvolver em pessoas com menos de 65 anos. "A Doença de Alzheimer de Início Precoce (Daip), que atinge pessoas com menos de 65 anos, é mais rara (cerca de 10% do total) e é caracterizada por um declínio mais rápido das funções cognitivas", explica o psiquiatra Orestes Forlenza, professor pesquisador do Laboratório de Neurociências da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP)

"Se alguém na minha família tem ou teve Alzheimer, eu também terei."
MITO: não há evidências científicas que comprovem com segurança a hereditariedade da doença.

"Pancadas na cabeça podem acarretar o mal de Alzheimer".
VERDADE: De acordo com pesquisa da Universidade da Pensilvânia (EUA), a concentração cerebral de proteínas que contribuem para a formação das placas senis (um dos fatores por trás da doença) aumenta após um traumatismo craniano.

 

Dica de livros e filmes com a temática do Alzheimer:

Filmes

• Para sempre Alice (2014)
• Diário de uma paixão (2004)
• O filho da noiva (2001)
• Amor (2012)
• Longe dela (2006)

Livros

Para sempre Alice (Lisa Genoveva)
Quem eu? Uma avó. Um neto. Uma lição de vida. (Fernando Aguzzoli) 
Ainda estou aqui (Marcelo Rubens Paiva) 
O lugar escuro (Heloisa Seixas) 


Fontes: https://idosos.com.br/
https://www.unimed.coop.br
www.abraz.org.br